terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Histórias Escritas na Cara - de Isabel Zambujal

Trabalhos realizados pelos alunos.

HISTÓRIAS ESCRITAS NA CARA

Era uma vez uma menina chamada Clara, que perguntava à sua avó o que contava cada ruga da sua cara. A avó dizia-lhe que cada ruga era uma história do seu passado.
Então a avó começou a contar uma dessas histórias. Ainda se lembrava do que vestia: era um bibe de pano Azul - petróleo com umas casinhas brancas bordadas por uma vizinha habilidosa. Estávamos em Setembro, no tempo das amoras silvestres e a minha mãe andava com as outras mulheres a fazer bolos. E esses bolos eram para casamentos.
Quando chegámos à parte do rio o pai de Clara estendeu-se num manto ao pé dos arbustos de amoras silvestres. O que os pescadores não sabiam é que naqueles arbustos havia amoras silvestres.
Eu nunca esquecerei quando o meu pai se riu de mim quando eu tinha a cara toda lambuzada de amoras silvestres e me lavou a cara com a água do rio.
A verdade, Clarinha, é que nunca provara nada tão bom.
- E esta ruga na testa, avó, que história é que conta?
- Deixa-me ver com o espelho, já são tantas que às vezes troco as memórias. Ah! Foi há tanto tempo.
Eu juntamente às minhas primas gémeas, fiquei responsável pela "rouparia". Naquela noite, a nossa ama, Alzira, enquanto fazia uma manta de croché com rosetas de várias cores, bateu com o braço no candeeiro a petróleo, que caio em cima de uns velhos álbuns de fotografias. Ninguém teve tempo para o agarrar. Quando ela correu para ir buscar os óculos do avô Pedro, caídos mesmo ali à entrada da casa.

Luana Simplício 4º ano

A história passa-se entre a avó Joaquina e a neta Clarinha. Elas conversavam sobre cada ruga que a avó tinha no rosto. As duas marcas junto aos cantinhos da boca, tinham ficado depois de uma tarde de pesca com o seu pai, e o grande amigo Manuel das Lebres. É que enquanto os dois homens pescavam peixe, a menina Joaquina apanhava muito rapidamente, amoras silvestres, que comeu e ficou toda lambuzada.
A ruga na testa chamava-se Ernesto. Ficou marcada depois de um grande tremor de terra. Muitas pessoas ficaram sem casa, sem roupas, sem nada. Era também data do seu aniversário, que ficou para segundo plano, porque todos juntos queriam ajudar quem precisava. Ernesto era um menino, também muito pobre, mas que não se cansava de bater a cada porta.
A avó Joaquina dizia à Clara que punha creme naquelas rugas que contavam histórias feias, para elas se acalmarem, porque nas outras, gostava de olhar para elas a de se lembrar de coisas boas. Havia uma ruga zangada que ficou depois de um incêndio, provocado pela ama Alzira que enquanto fazia uma manta de croché, tocou no candeeiro a petróleo com o braço. O candeeiro caiu em cima de uns álbuns de fotografias e tudo começou a arder. Onde a tia avó Antonieta ficou cega.

Ricardo Correia 4º Ano


Era uma vez uma menina que se chamava Clara, que gostava muito de amoras silvestres e tinha uma avó, que se chamava Joaquina.
Os pais da Clara, nas férias de Verão e do Natal, atulhavam o porta-bagagens cheio de tralha e seguiam para Suspiros. A Dona Joaquina tinha uma ruga perto da boca e pequenas sardas na testa. A avó da Clara dizia que cada ruga que tinha na sua cara era uma história, já eram histórias muito velhas, algumas mais novas.
Então a avó começou a contar uma das suas histórias: Uma vez o seu pai decidiu levá-la à pesca. Eles iam para as margens do rio pescar barbos e enguias. O Pai da avó Joaquina tinha um amigo que se chamava Manuel das Lebres. Naquela tarde partiram os três a cavalo até ao fundo do rio e a avó naquele dia comeu tantas amoras silvestres que ficou toda lambuzada de amoras, até parecia um palhaço.

Rodrigo Neves 4º Ano

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